sábado, 30 de outubro de 2010

Hildo Rocha perde mais um aliado

De acordo com o jornalista Luis Cardoso, Hildo Rocha não apoiará Junior Marreca, prefeito de Itapecuru-mirim, para presidente da Famem, pois o seu pai Antonio Figueiras(marrecão), pretende se candidatar a prefeito de Cantanhede. Abandonar seus aliados na hora das decisões parece que é uma máxima na vida pública do ex-prefeito cantanhedense, são vários os casos, e todos sabemos quais, portanto não precisamos citá-los.
Segundo o jornalista o rompimento aconteceu porque o Marreca que ser prefeito de Cantanhede e a esposa de Hildo também pretende o cargo. Com certeza, esse fato não deveria ser motivo para a separação, pois sempre soubemos o interesse do empresário em nosso município, mas como o Hildo estava precisando de patrocínios para as festas e eventos que realizou em nosso município nunca desanimou, mas agora que Roseana ganhou e ele está esperando tem grandes frutos com isso e acredita que tem um grande grupo político para ganhar a Prefeitura resolveu romper com a parceria. É bom lembrar que não devemos cuspir no prato que comemos.
Esse fato, com certeza, terá desdobramento na política da cidade, o  Marreca agora que não pode contar com o Hildo para realizar seu intento em Cantanhede deverá procurar outras pessoas, e se não viabilizar seu nome poderá apoiar outra pessoa.
Será quem tirará proveito dessa situação? O Zé Martinho ou o Maciel com Gerson Jr. que conseguiram articular uma supreendente vitória na Câmara.
Sabemos que quem perdeu nessa briga foi o Hildo Rocha que já tinha perdido várias lireranças, como, o Paulo Sousa, Justo Montelo, Zé Raimundo, Sibá, Manuel Pinto entre outros. Se continuar assim, não terá  nomes nem para montar uma chapa de vereador em 2012.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

STF decide: ficha limpa vale para eleições deste ano


Ao negar recurso do deputado federal Jader Barbalho (PMDB), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira, que a lei da Ficha Limpa tem validade ainda para este ano. O julgamento terminou empatado em 5 a 5, e a saída do impasse foi encontrado no regimento interno da Corte.
Por sugestão do ministro Celso de Mello, o artigo 205 do regimento interno foi aplicado no julgamento. Diz o artigo: havendo votado todos os Ministros, salvo os impedidos ou licenciados por período remanescente superior a três meses, prevalecerá o ato impugnado. Ou seja: vale a decisão da Justiça Eleitoral que impugnou a candidatura de Jader e definiu que a lei vale para este ano.
Jader Barbalho obteve quase 1,8 milhão de votos na eleição para senador pelo PMDB do Pará, mas foi barrado pela Justiça Eleitoral com base na lei da Ficha Limpa. Ele renunciou, em 2001, ao mandato de senador para fugir de um processo de cassação no Senado. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA) havia autorizado a candidatura dele, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reviu a decisão, negando-lhe a candidatura.
O julgamento durou quase sete horas e foi marcado por troca de farpas entre os ministros e duras críticas disparadas pelo ministro Gilmar Mendes contra a aplicação da lei. Ele chegou a dizer que validá-la seria flertar com o nazi-fascismo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nova diretoria da Câmara de Cantanhede



Acabou ainda pouco a eleição para a nova diretoria da câmara em Cantanhede .
Articulado pelo vereador Gerson Junior-PT, Maciel Veras -PV é eleito Presidente da câmara, o que parecia certo a vitória do vereador da base governista e atual vice – presidente Antonio de Jesus - DEM como presidente foi derrubada pela forte articulação de Gerson, que antes pretendia ser o candidato, mais para garantir a vitória ofereceu apoio a Maciel nome aceito pelos vereadores de oposição ao governo do atual prefeito Zé Martinho.
A seção aconteceu no meio da rua já que o atual presidente Raimundo José – PTB, Natinho - PTB, Toinho - DEM, e Cleber Caldas - PR não compareceram e nem abriram a casa, movido pelo prefeito, a população compareceu e apoiou a decisão da maioria absoluta dos vereadores que formaram a única chapa que deu a vitória a Maciel, a chapa ficou assim: presidente Maciel Veras, vice – presidente Gerson Junior, primeiro secretário Zé Raimundo-PDT, e Zeca do Ronildo - PMDB como segunda secretária o grupo contou ainda com o apoio do vereador Wilson Brito que tambem compareceu e votou na chapa vencedora.

A nova diretoria assume em janeiro de 2011, ou seja, mais uma derrota do atual prefeito, que pretendia ter a Câmara em suas mãos.
Postado por Valdomiro Araújo

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Reviravolta na eleição da nova diretoria da Câmara de Cantanhede

on 25/10/2010
Acabou ainda pouco a eleição para a nova diretoria da câmara em Cantanhede .

Articulado pelo vereador Gerson Junior-PT, Maciel Veras -PV é eleito Presidente da câmara, o que parecia certo a vitória do vereador da base governista e atual vice – presidente Antonio de Jesus - DEM como presidente foi derrubada pela forte articulação de Gerson, que antes pretendia ser o candidato, mais para garantir a vitória ofereceu apoio a Maciel nome aceito pelos vereadores de oposição ao governo do atual prefeito Zé Martinho.


A seção aconteceu no meio da rua já que o atual presidente Raimundo José – PTB, Natinho - PTB, Toinho - DEM, e Cleber Caldas - PR não compareceram e nem abriram a casa, movido pelo prefeito, a população compareceu e apoiou a decisão da maioria absoluta dos vereadores que formaram a única chapa que deu a vitória a Maciel, a chapa ficou assim: presidente Maciel Veras, vice – presidente Gerson Junior, primeiro secretário Zé Raimundo-PDT, e Zeca do Ronildo - PMDB como segunda secretária o grupo contou ainda com o apoio do vereador Wilson Brito que tambem compareceu e votou na chapa vencedora.

A nova diretoria assume em janeiro de 2011, ou seja, mais uma derrota do atual prefeito, que pretendia ter a Câmara em suas mãos.

Imagens do acontecimento postarei em breve.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Os responsáveis pela derrota da oposição no Maranhão

Se as oposições quiserem culpar uma ou duas pessoas de fora pela derrota no Maranhão que culpem Lula e Dilma Roussef. Com a força da máquina federal, as duas personagens não só pediram votos encarniçadamente para Roseana Sarney, Edson Lobão e João Alberto como ainda disponibilizaram estrutura para que a oligarquia se mantivesse no poder.
De forma renhida, o Palácio do Planalto agiu de maneira ortodoxa e heterodoxa tanto para barrar Flávio Dino como para anular Jackson Lago. Então, por que os eleitores maranhenses que anseiam por mudança não dão o troco agora, votando em José Serra?... Pelo menos assim haveria um pêndulo a balançar entre o Maranhão e Brasília. Racionalmente analisando, se Dilma for eleita e se unir aos Sarney a oligarquia vai transformar em suco quaisquer resquícios de oposição ao governo estadual, afora que política, financeira e economicamente só irão se dar bem os mesmos de sempre. O povo vai continuar na merda recebendo unicamente as migalhas dos chamados programas sociais. O populismo irá singrar de ponta a ponta, até que lá no pleito de 2014 outro sarneyzista de proveta será novamente eleito governador.
A questão agora não é ser de direita ou esquerda (hipocritamente maniqueista), porque não há diferenças fundamentais entre Dilma e Serra nesse aspecto político, mas de sobrevivência da própria oposição maranhense. Por Lula, Flávio Dino sequer teria nascido como liderança política, ainda mais para combater os Sarney. Por Lula, Dino seria um cachorrinho de estimação à espera da oligarquia fenecer por si própria, segundo o tempo estabelecido pela natureza... Por Lula, Jackson Lago seria enterrado em vida, como o fez a máquina pública que o trucidou jurídica e politicamente.

domingo, 10 de outubro de 2010

Os resultados das eleições e os prováveis destinos da política cantanhedense

Passada a ressaca da eleição, os ânimos mais moderados, a tristeza menos forte, é hora de fazer uma analise sobre o pleito de 2010 de acordo com os números que saíram das urnas, onde temos os sete mais votados, Deputados estaduais, foram:

Chico Gomes  -   1822
Cesar Pires    -    1352
Alberto Franco -   611
Gardenhinha     -   610
Edilázio            -   331
Gerson Jr.        -   276
Marcos Caldas -  252
F. Furtado        -  244

Pelos números dos candidatos é que os analistas baseiam-se em suas refelexões, sobre o potencial dos políticos locais que os apoiam. Deixamos bem claro que as conclusões que chegamos são meramente especulativas, pis sabemos que eleição estadual é um pouco diferente do pleito municipal, além do mais, não somos analistas políticos. As nossas conclusões são as seguintes:

1) - O grupo de Dra. Meire, chamado terceirão, não emplacou, pois teve uma votação pífia de apenas 610 votos, ficando em quarto, já não é mais terceirão;
2) - O Gerson Jr. com seus 276 votos não conseguiu polarizar com os candidatos forasteiros, teria que mostrar ao eleitor que era melhor votar nele que é de Cantanhede do que nos de fora, pelo menos fazer igual ao Tiririca, ruim por ruim vota em mim. Praticamente acabou com a possibilidade de se lançar em 2012 para um cargo executivo. A não ser que aconteça algum fato extraordinário para que ele volte a sonhar com 2012.
3)- O prefeito também teve um desempenho fraco nas urnas, deu praticamente a mesma votação de 2006, quando era oposição, ao seu candidato, mesmo estando com a máquina na mão e um comitê com mais de 1000 campanhista. Demonstrou que tem menos da metade dos votos que conseguiu em sua eleição para prefeito em 2008. Esperava-se que seu candidato tivesse 2100 a 2500 votos, no mínimo. Alguns dizem que seus votos foram dados a outros candidatos apoiados por seus aliados, até concordamos, mas isso significa que ele depende e dependerá muito de seus aliados no próximo pleito, e isto é muito preocupante para um líder, ser dependente de seus liderados. Ainda mais para um gestor que no começo escolheu um secretariado sem consultar seus aliadose não teve diálogo com seus aliados.
Outro fato que se percebeu nas urnas é que a periferia não está contente com a administração municipal, pois as seções em que seu candidato teve menos votos foram nas que predominam os eleitores da periferia.
Como alguns pregam se somarmos os votos do que apoiam o Prefeito e os que ficam com seus opositores a diferença temos uma diferença pequena entre os dois, números que podem muito bem serem ultrapassados no discurso e na empolgação da campanha.
4) - O Neto jhones também teve uma votação pífia, tem em vista o volume de campanha, andou em todo o município, mas seu candidato só teve 252 votos, que dependendo da coligação não faria nem um vereados, também praticamente acabaram suas pretenções ao executivo em 2012.
5) - Boa votação teve o Jacó, que deu 244 votos para o Fernando Furtado, através do sindicato dos pescadores, dando sinal de que será um forte concorrente para a Câmara muncipal em 2012.
6) - O Mundinho demonstrou que está com seu futuro político praticamente encerrado, com a votação que deu para o Edilázio de apenas 331 votos, e segundo informação de um de seus irmãos com três processos nas costas, devido a sua complicada gestão. Fez uma campanha forte, mas não teve uma resposta satisfatória das urnas, onde muitos achavam que teria uma votação melhor.
7) - O Hildo com 1352 votos para o seu candidato continua sendo a maior espressão da oposição, mesmo que em cada eleição sua votação tem sido cada vez menor. Seus aliados foram mais empenhados e determinados.
Mas seu grande trunfo será o apoio que terá da Roseana sarney, que sendo seus aliados será secretário da casa civil, o posto mais cobiçado de qualquer governo.
8) - O grupo que apoiou o Alberto franco teve uma boa votação, o que deve garantir a presidência da Câmara para o vereador Toinho. Tendo dois vereadores um ex-vereador e algumas pessoas acostumadas com campanhas, sairam-se bem com 611 votos, superando o grupo da Dra. Meire e cia.

O silêncio de Lula


O historiador Marco Antônio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos/SP publicou este artigo na última quarta-feira, 06 de Outubro, na página 3 do primeiro caderno do jornal Folha de São Paulo:

"Lula perdeu. A soberba fez mais uma vítima. O presidente, com supostos 80% de aprovação, não elegeu sua sucessora no primeiro turno, como propalou nas últimas semanas. Toda a agressividade presidencial foi em vão.

As ameaças foram aumentando na mesma proporção que os institutos de pesquisa apresentavam o favoritismo da sua candidata.

Não custa imaginar como agiria discursando na festa da vitória que não houve. O silêncio de Lula nos últimos dias, caso raro, foi o mais extenso deste ano.
A oposição recebeu um claro recado das urnas. Há espaço para uma candidatura propositiva e oposicionista.

A maioria simples que o governo obteve foi graças ao apoio dos oligarcas (Sarney, Barbalho, Collor, entre outros), das centrais sindicais pelegas, dos velhos movimentos sociais sustentados com recursos públicos, das pesquisas que a cada dia jogavam uma ducha gelada na oposição e estimulavam o eleitor indeciso a votar na candidata oficial, da máquina estatal e de seus programas assistencialistas, e, finalmente, de Lula, que literalmente abandonou a Presidência para fazer campanha.
Apesar de tudo, o governo não obteve a vitória que imaginava. O segundo turno era tudo o que Lula não queria. Agora sua candidata vai ter as mesmas condições que Serra. Continuar falando por ela como fez no primeiro turno vai pegar muito mal.

O criador tem de dar alguma autonomia à criatura. Confundir apoio com tutoria, indica ao eleitor que Dilma não consegue caminhar com as próprias pernas.

A oposição terá nova chance. Não tem desempenhado bem o seu papel. Acreditou na fantasia de que somente 4% da população achava o governo ruim. E, depois dos resultados da eleição de domingo, é mais fácil crer no chapeuzinho vermelho do que nas pesquisas eleitorais.

O eleitorado apontou que a oposição tem de fazer política. Deve criticar (quem disse que o eleitor não gosta de crítica?) e propor alternativas. Chamar Dilma para o debate e não Lula. Afinal, é ela a candidata.

A verdadeira eleição, espero, começou na noite do último domingo. Até então, o que tivemos foi um mero simulacro. Debates monótonos, um amontoado de propostas desconexas, muito marketing e pouca política.

Foi o tipo de campanha que marqueteiro adora. Agora deve começar a eleição que interessa ao país. Longe daquilo que Euclides da Cunha, em 1893, chamava das 'insânias dos caudilhos eleitorais e do maquiavelismo grosseiro de uma política que é toda ela uma conspiração contra o futuro de uma nacionalidade'."

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Flávio Dino agradece ao povo do Maranhão

Leia a íntegra da nota assinada por Flávio Dino.
Nota Oficial
Agradeço ao povo do Maranhão pelo excelente resultado eleitoral. Obtivemos 859.402 votos, representando 29,49% do eleitorado. Esse resultado foi obtido em condições nacionais e locais especialmente adversas, como é de conhecimento de todo o Brasil.
Fizemos uma campanha limpa e honesta. Apresentamos propostas para que tenhamos um Maranhão de todos nós.
Agradeço a todos os nossos apoiadores, que lutaram com coragem e dedicação inigualáveis.
Manifesto meu reconhecimento à Direção Nacional do PCdoB pelo apoio, desde o inicio da nossa caminhada. Tenho imensa honra de pertencer a partido tão valoroso, leal e combativo.
Estendo o reconhecimento às direções do PSB e do PPS, à militância do PT do Maranhão e dos movimentos sociais.
Agradeço aos internautas, que deram uma enorme contribuição para o nosso crescimento eleitoral, divulgando as nossas idéias.
Registro toda a minha admiração pela nossa equipe de campanha, pela grande qualidade do trabalho, pelo empenho em todas as horas, por acreditarem com tanta paixão em uma causa.
Minhas homenagens aos demais candidatos do campo da mudança: Governador Jackson Lago, Marcos Silva, Josivaldo e Saulo Arcangeli.
Parabenizo todos os senadores, deputados federais e estaduais eleitos pela nossa população, especialmente os pertencentes à nossa coligação: Ribamar Alves, Dutra, Cleide Coutinho, Eliziane Gama, Rubens Junior, Marcelo Tavares, Luciano Leitoa e Bira do Pindaré.
Meu muito obrigado a todas as lideranças municipalistas que me apoiaram (prefeitos, ex-prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, candidatos a prefeito). A todos cumprimento nas pessoas dos prefeitos Humberto Coutinho, Suely Pereira e Dr. Jorge, que subiram em nosso palanque com lealdade e altivez.
Cumprimento a Sra. Governadora Roseana Sarney pelo resultado eleitoral, desejando sucesso em sua administração. Estarei sempre pronto a prestar a principal contribuição que cabe à oposição: acompanhar, fiscalizar e cobrar o funcionamento dos projetos governamentais.
Continuarei a exercer o mandato de deputado federal, que tanto me alegra, até 31 de janeiro de 2011. Continuarei, sempre, um servidor do povo do Maranhão e do Brasil, um militante da Justiça, sem jamais perder a esperança.
Vale sempre repetir com muito entusiasmo: com a proteção de Deus e a força do nosso povo,  a luta continua!
Flávio Dino
Candidato a Governador do Maranhão

Cai a primeira mentira de Roseana Sarney, que a educação do Maranhão tinha melhorado.

A mentira tem pernas curtas. Há duas semanas atrás a Governadora Roseana Sarney( Rosengana ) falava em seu programa eleitoral que a educação do nosso Estado tinha melhorado, passada a campanha eleitoral o Secretário de educação admite que a educação do Maranhão não melhorou e continuará entre as piores por alguns anos. Que não teremos um bom resultado no ENEM, como eles proferiram durante a campanha eleitoral, tinhamos melhorado.
VEJA O QUE DIZ O SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO MARANHÃO, APÓS A ELEIÇÃO, SOBRE O ENEM:

Maranhão ainda não melhorará no Enem este ano


Secretaria prevê somente para as próximas edições a melhoria no ranking. Em 2009, o MA foi o penúltimo


O Maranhão deve esperar mais um pouco para ser mais bem colocado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em relação aos outros estados do país. Em visita ontem a O IMPARCIAL, o secretário de Educação do Estado, Anselmo Raposo, disse que os efeitos e progressos do investimento que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) tem feito no sistema público de ensino médio só devem aparecer em médio prazo, entre dois ou três anos, e não a curto prazo. “O Enem, na verdade, não avalia as escolas. Ele pás mostra os pontos onde temos de melhorar. Nós precisamos de tempo para organizar o ensino médio, e torná-lo satisfatório”, declarou o secretário.

Em 2009, o Maranhão ocupou o penúltimo lugar no ranking das notas gerais do Enem entre os estados brasileiros. Com base no somatório das notas, entre 2008 e 2009, o estado caiu cinco posições. Em 2008, o estado classificou-se como 21º colocado no ranking dos estados, obtendo média de 46,80 pontos, entre questões objetivas e a redação. Em 2009, com média de 496,26, o Maranhão classificou-se na 26ª posição, entre 27 estados da Federação, perdendo apenas para Roraima, com média de 494,06 pontos. O Enem deste ano será realizado nos dias 6 e 7 de novembro, em todas as unidades da Federação.

Na época da divulgação dos dados do Enem, em julho, O IMPARCIAL procurou a supervisora de Avaliação de Educacional da Seduc, Vera Lúcia Gonçalves Pires, em busca de uma explicação para a queda tão brusca do Maranhão no ranking, em apenas um ano. Para ela, um dos motivos é o número de participantes provenientes de escolas públicas no Enem, que aumentou 52% entre 2008 e 2009, incluindo também o EJA. “Como aumentou o número de alunos inscritos, entraram inclusive muitos alunos da categoria EJA, que são alunos que estavam muito tempo sem estudar. Com certeza não estavam tão preparados para o Enem quanto os outros, que estavam regulares com a vida escolar”, declarou.

Segundo Anselmo Raposo, a causa dessa queda do estado no ranking foi causada pela desorganização e falta de investimentos do governo anterior. “O resultado que saiu agora é conseqüência de três anos atrás. Tudo isso do passado reflete agora no presente. Foram várias questões deixadas de lado, como melhoria nas escolas, falta de investimento nos professores e gestão escolar mal-organizada”.

sábado, 2 de outubro de 2010

65, a peleja final !

O poeta, compositor e ex-presidente do PT de São Luís, Joãozinho Ribeiro, escreve sobre a batalha do dia 03 de outubro para levar Flávio Dino ao segundo turno das eleições maranhenses. Confira abaixo.

(Joãozinho Ribeiro)

Sábado ensolarado em São Luís, capital indígena, africana, holandesa, francesa, portuguesa e jamaicana do Maranhão, Brasil. Véspera de um momento que se anuncia mágico, convocando todas as forças da natureza pra cerrarem fileiras neste domingo a favor da liberdade, e contra um domínio de corações e mentes que já ultrapassa quatro décadas de mando e sujeição de várias gerações em nosso Estado.
Minha memória é música, e a manhã, sabedora disso, acessa algumas teclas do cancioneiro popular arquivado no meu cérebro, traduzindo este turbilhão de sentimentos em melodia que vem lá das Gerais, mas precisamente da combinação dos talentos mineiros do compositor Milton Nascimento e do poeta Fernando Brant:
“Uma notícia está chegando lá do interior/Não deu no rádio, no jornal ou na televisão/Ficar de frente para o mar, de costas pro Brasil/Não vai fazer desse lugar um bom país”.
Penso na oportunidade histórica que muitos bravos combatentes, homens e mulheres, não viveram pra testemunhar; e na possibilidade da minha e de outras gerações, que antecederam e sucederam a minha, protagonizarem neste momento um exemplo para todo o Brasil de que existem ainda valores que nem a mentira, nem o dinheiro e muito menos a força bruta são capazes de submeter aos seus vis intentos. Talvez por isso, os versos da música do Nascimento e do Brant continuem martelando firmes em minha cabeça:
“Uma notícia está chegando lá do Maranhão/Não deu no rádio, no jornal ou na televisão/Veio no vento que soprava lá no litoral/De Fortaleza, de Recife e de Natal”.
Perpassa-me neste momento uma tranqüilidade que não se coaduna com nenhum viés de acomodação ou de passividade; pelo contrário, desperta em mim uma energia incomum, a mesma que deve estar se espalhando por toda a geografia das duas centenas de municípios que integram essa unidade da República Federativa do Brasil, combinando com a letra do hino oficial do nosso Estado: “A liberdade é o sol que nos dá vida”. Além de nos dar vida, ela precisa brotar soberana, mais do que nunca, das urnas eletrônicas, que traduzirão neste domingo, a vontade, também soberana, do nosso povo varonil.
O tempo, senhor de todos de os destinos, promove neste dia um acerto de contas com a verdadeira História do Maranhão, que não se encontra registrada nos compêndios acadêmicos, nem nas cartilhas distribuídas para a leitura dos meninos e meninas nas escolas. Após 45 anos, dois números cabalísticos se defrontam: o 65, do ano da sexta década do século passado, que marcou o início de uma das oligarquias mais longas da história deste país – a oligarquia Sarney; e o outro, 65, símbolo maior da campanha do candidato Flávio Dino ao governo do Estado do Maranhão, que aponta para a mudança política e para o século XXI.
As pesquisas de intenções de voto divulgadas nesta manhã, pelos principais veículos de comunicação locais, não conseguem captar por inteiro a mensagem cifrada desta batalha política, e ao mesmo tempo simbólica, travada entre as forças reacionárias do conservadorismo, representadas pela candidatura da Roseana Sarney, que numa despudorada demonstração de ambição pelo poder, pretende pela quarta vez ocupar o Palácio dos Leões; e as demais candidaturas, que mesmo com as naturais diferenças políticas e ideológicas, encabeçam projetos legítimos de alternância do quadro político do nosso Estado.
Um outro justo acerto de contas foi feito esta semana pela Justiça Brasileira, reconhecendo como legal e legítimo o registro da candidatura de Jackson Lago ao governo do Maranhão, após 42 dias de espera angustiante de um pronunciamento do Tribunal Superior Eleitoral; o mesmo tribunal que em 2009 anulou a vontade de cerca de 1,4 milhão de maranhenses que o haviam conduzido, democraticamente, ao cargo de Governador do Estado, empossando de forma vergonhosa a filha do oligarca, derrotada pelo voto popular.
O espaço e o tempo permitem que eu possa expressar neste artigo minha firme convicção na existência de um segundo turno nas eleições para o governo do Maranhão, e a certeza de um verdadeiro acerto de contas com a história do Estado, com todos aqueles que, ao longo de suas existências, combateram o bom combate, e ofereceram o que tinham de melhor em suas vidas.
Encerro o presente, confirmando meu voto em Flávio Dino e no 65, que simboliza neste momento o enterro do outro 65, aquele do século passado, que marcou a entrada do Maranhão para a idade das trevas; assim como confirmo o sufrágio nos bravos companheiros Dutra (1313) e Bira (13100), que ainda representam o sonho e a esperança daqueles que acreditaram numa sociedade mais justa e solidária, quando empenharam os melhores anos de suas juventudes na fundação do Partido dos Trabalhadores do Maranhão.
E pra arrematar, compartilho com todos os leitores e eleitores a sensação dos ventos da liberdade que sopram dos versos finais da canção “Notícias do Brasil”, do engenho e arte do Milton Nascimento e do Fernando Brant:
“A novidade é que o Brasil não é só litoral/É muito mais, é muito mais que qualquer zona sul/Tem gente boa espalhada por esse Brasil/Que vai fazer desse lugar um bom país”.
O Maranhão é de todos nós, porque o Povo é maior e é preciso lutar, é possível vencer!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Família Sarney, a tara por dinheiro


Por Roberto Kenard
Dei a dica de pauta ao amigo jornalista Augusto Nunes, para que Veja fizesse a matéria, a respeito da fome de dinheiro da famiglia Sarney. Locais: Santo Amaro e Capinzal do Norte.
A famiglia, a partir de informações privilegiadas, estava se apossando de terras onde supostamente haveria gás. A matéria, até aqui, não saiu. Mas o jornal O Estado de S. Paulo publicou matéria sobre a ganância do coronel Sarney na cidade de Santo Amaro.
Vejam aqui como minha dica estava certíssima:
José Sarney, presidente do Senado Federal
José Sarney, presidente do Senado Federal
Família Sarney agora investe em terras com gás
Áreas estão registradas em nome da Adpart, empresa que tem o senador e sua neta Ana Clara como sócios e funciona em sua casa de R$ 4 milhões no Lago Sul de Brasília
Rodrigo Rangel – O Estado de S.Paulo
Dona de um patrimônio estimado em mais de R$ 250 milhões, boa parte na forma de imóveis e emissoras de rádio e televisão, a família Sarney abriu uma nova fronteira de negócios. Investe agora em terrenos situados em regiões do Maranhão onde há perspectiva de exploração de petróleo e gás natural. Os investimentos mais recentes se concentram em Santo Amaro, município localizado a 243 quilômetros de São Luís, na região dos Lençóis Maranhenses.
A falta de escrúpulo do coronel
As áreas estão registradas em nome da Adpart Administração Ltda, empresa aberta em dezembro de 2007 e que tem como sócios o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e uma das netas dele, Ana Clara, filha do empresário Fernando Sarney. A Adpart “funciona” na casa de José Sarney, na Península dos Ministros, Lago Sul de Brasília.
O caso das terras de Santo Amaro desperta atenção pela polêmica que envolve as propriedades. Trata-se de um imbróglio que já foi parar até em delegacia de polícia. O problema é que as mesmas faixas de terra foram vendidas mais de uma vez – por pessoas diferentes e a compradores diferentes. Resultado disso: para um mesmo terreno, há mais de uma escritura e o nome do presidente do Senado está no centro da briga. Os vários “donos” das terras se acusam mutuamente de fraudar documentos. A disputa ocorre exatamente no pedaço de terra onde estariam localizadas promissoras reservas de gás natural.
A escritura em poder da família Sarney data de 2004. Pelo documento, o terreno foi comprado pelo próprio senador, representado na ocasião por procuração concedida a um de seus irmãos, Ronald Sarney. Mais recentemente, José Sarney decidiu transferir a propriedade para a Adpart, a empresa sediada em sua casa de Brasília – a mesma casa, no valor de R$ 4 milhões, que o senador deixou de declarar à Justiça Eleitoral em duas eleições consecutivas, como revelou o Estado.
O pobre município de Santo Amaro passou a ser alvo de especulação imobiliária nos últimos cinco anos, justamente por conta do prometido eldorado do gás. Os terrenos objeto do litígio em que Sarney está envolvido são contíguos à chamada “área de acumulação marginal de petróleo e gás de Espigão”, leiloada em 2006 pela ANP, a Agência Nacional de Petróleo. No leilão, o campo esteve entre os mais disputados. A estimativa, à época, era de que ali haveria mais de 280 milhões de metros cúbicos de gás, algo que pode render dinheiro não apenas para as empresas que vão explorar o campo, mas também para os donos das terras – daí a razão da briga.
A assessoria do senador disse ao Estado que ele “comprou legalmente os terrenos” em Santo Amaro. “Ele desconhece que exista duplicidade. E, se existir, é má-fé, a ser resolvida na Justiça”, afirmou em resposta dada por escrito.
Os terrenos na região dos Lençóis são uma pequena amostra do patrimônio dos Sarney. O senador não nasceu rico. Quando presidente da República, em discurso em São Luís, ele se emocionou ao lembrar da origem humilde: o pai teve de vender uma máquina de datilografar para mandá-lo estudar na capital. Há mais de 40 anos no comando da política maranhense, foi o senador quem fez a fortuna da família. O principal negócio veio da própria política: as concessões de TV e rádio que fazem dos Sarney os proprietários de um pequeno império de comunicação, o maior do Maranhão.
A Rede Mirante, afiliada da Rede Globo, possui geradoras e repetidoras espalhadas por todo o Estado. As rádios da família também se disseminam pelo Maranhão. O conglomerado de mídia dos Sarney inclui ainda o maior jornal local. Estima-se que só o valor de mercado dessas empresas ultrapasse os R$ 200 milhões. A família também possui uma vasta carteira imobiliária. São casas, terrenos, apartamentos e áreas rurais que se espalham pelo Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Brasília.
BENS
Curiosamente, essa fortuna passa longe das declarações de bens do patriarca, José Sarney (leia abaixo). Embora seja o grande responsável por construí-la, o senador faz questão de deixar a maior parte do patrimônio em nome dos filhos. Em suas declarações, não há referência a uma ação sequer das empresas de comunicação, por exemplo. A ilha de Curupu e a casa colonial que Sarney construiu num dos pontos mais valorizados da orla de São Luís também estão fora de suas listas de bens. O expediente é sempre o mesmo: Sarney repassa os ativos aos filhos por meio de doações. Um exemplo ilustrativo é o da ilha de Curupu.
A ilha foi uma herança da família de Marly, mulher do presidente do Senado. Foi, na origem, uma doação a frei Francisco Mata Borges, no século 18. Tem 16 quilômetros quadrados. Está num pedaço espetacular do litoral do Maranhão, onde é possível chegar apenas de barco ou helicóptero. Durante anos, era uma propriedade quase intocada. Depois que Sarney assumiu a Presidência da República, em 1985, a família resolveu erguer ali seu refúgio particular.
Em Curupu, onde Sarney foi descansar assim que começou o recesso parlamentar, há três casas. São interligadas por passarelas suspensas que servem a quem quer ir de uma casa à outra nos horários de maré cheia. Uma das casas foi construída pela filha de Sarney, Roseana, e pelo marido, Jorge Murad, há menos de dez anos – tem 12 quartos e estrutura de madeira de lei. Possui um atracadouro, construído no fim de um canal dragado especialmente para permitir que as embarcações da família possam se aproximar.
DE CIMA
Só é possível ter uma ideia da estrutura construída pelos Sarney olhando a ilha de cima. Os moradores dos povoados perto de Curupu não fazem ideia do que tem por lá. A mata em volta das casas não permite ver a área privativa. “Eles não deixam andar por lá, não. Eu nem sei como é lá dentro”, diz Aldeniron Rodrigues Santos, 41 anos, que toma conta de uma casa de veraneio do outro lado da baía e costuma pescar nas proximidades de Curupu. “Só vejo o movimento de barcos quando tem alguém dos Sarney lá”, conta.